sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lembranças.

Lembro da porta do seu quarto, em tom de verniz.
Lembro de sua cama com uma colcha azul por cima.
Lembro de seu par de chinelo em baixo da cama.
Lembro do meu nome escrito dentro de seu guarda-roupa.
Lembro de camisas vermelhas.
Lembro do simples pão, misturado no nescau gelado.
Lembro do seu teclado.
Lembro de sua calça de moletom, azul marinho.
Lembro do nosso primeiro encontro, o qual, você chegou atrasado.
Lembro do primeiro bombom Sonho de Valsa que me deu.
Lembro do seu aparelho dividido com a sua e a minha cor favorita.
Lembro de sua mania de arrancar a pelinha da mão.
Lembro de seu violão.
Lembro do dia em que me pediu em namoro.
Lembro de seu casaco azul, com perfume infinito.
Lembro da cidade Oiapoque.
Lembro da música Wish You Were Here.
Lembro que o nosso amor era sempre menor que ontem e maior que amanhã.
Lembro da frase "nunca é tarde para recomeçar".

"Há sempre uma pessoa na sua vida, à qual, nao importa o que ela faça, você apenas não pode deixa-lá ir"

A meia-noite.

Ao toque dos sinos, sai correndo, esqueci que tudo voltaria a ser como antes. Cheguei em casa, subi correndo em direção ao sótão, onde era meu quarto. Deitei-me na cama e me entreguei ao sonho que iria me levar pela noite mais linda de todas.
Eu estava agora, com um vestido azul e sapatos de cristal. Suando de nervosismo, fui até a porta, e já na varanda, esperei que ele chegasse, instantes depois, lá estava ele em seu Volvo prata. Os olhos sorriam em minha direção, havia um ar de sedução, romantismo, que fazia meu coração pulsar cada vez mais forte.
Chegamos a festa, os convidados todos olharam em nossa direção, mas nem me importei, estava feliz demais. Dançamos por uma hora, depois senti uma dor em meu pé, indicando que meu velho All Star fazia falta. Ele gentilmente me levou até a entrada, e sentamos em um lindo banco decorado.
Conversamos até que aconteceu o épico momento do beijo; o assunto acabou, ele segurou minha mão e aconteceu. Quem iria esperar que já seriam meia-noite? Bom, era. Então tive que voltar para casa, não tive tempo de me despedir, e nem mesmo meu sapato ficou na escada. Mas de que isso importa? Sei tudo que preciso saber sobre ele; que me ama, e é meu melhor amigo.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Citações.

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado. Pensava que somando as compreensões eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

‎Quando fores crescido, hás de querer ser feliz. Por enquanto não pensas nisso e é por isso mesmo que o és. Quando pensares, quando quiseres ser feliz, deixará de sê-lo. Para nunca mais! Talvez para nunca mais!… Ouviste? para nunca mais. Quanto mais forte o teu desejo de felicidade, mais infeliz serás. A felicidade não é coisa que se conquiste. Hão de dizer-te que sim. Não acredites. A felicidade é ou não é.

Mas sabia que o amor era difícil, assim como a vida. Sofria reviravoltas impossíveis de ser previstas ou mesmo entendidas, e deixava um longo rastro de arrependimento pelo caminho.


Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado. Pensava que somando as compreensões eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. (Clarice Lispector)
Sabem como é. As vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Saudade, solidão...Ah! E amor.

Sempre fui rodeada por amigos, nunca pensei que algum dia iria me sentir tão sozinha. Minha solidão não é de amigos, e sim de um amor antigo e eterno.
Sinto tanta saudade de nós dois juntos, os passeios, conversas, risadas, momentos inesquecíveis. E tudo se foi, de uma hora para outra, não queria aceitar sua decisão, você era o amor da minha vida. Até hoje não sei como tudo isso aconteceu, foi tão rápido.
Inesperadamente você se foi, saiu da minha vida, como um encanto que teve fim e no lugar do amor, a solidão pairou. Cada dia se tornou um turbilhão de sensações; choros, risos, tristeza, alegria.
Nos dias que se seguiram, foi quando tive tempo para pensar, notei que o amava e independentemente do que iria acontecer daqui para frente, sabia que você seria o amor da minha vida, mesmo não sendo correspondida.
Sei que anos irão se passar, mas o amor irá se tornar como uma rocha;inquebrável e inabalável, você estará em algum lugar no mundo, feliz, rodeado por amigos e eu estarei no lugar de sempre, apenas esperando que essa solidão algum dia termine e possa me lembrar de você, apenas como amigo.


Com participação de Giovanna Barros na escrita.

As melhores coisas.

O que mais me preocupa nesse mundo tecnológico, é saber que tanta tecnologia pode tirar a simplicidade do mundo antigo, do fogão a lenha, cartas escritas a mão, o cavalheirismo, os pedidos formais de namoro.  Essas coisas ainda trazem encanto a uma minoria da população que tentam descartar certas tecnologias, para recuperar coisas que estão sendo descartadas pelo mundo, como os livros. Me agarro a livros, porque sei que daqui a alguns anos eles entrarão em extinção.
A tecnologia não pode tirar desse mundo, coisas pelas quais, as pessoas levaram tanto tempo para construir. Tenho certeza que nesse mundo grande, ainda existem pessoas que preferem ler livros, escrever cartas, jantar em um restaurante a luz de velas, pessoas que ainda têm costumes tão simples, mas que são sim importantes e merecem respeito.

Apenas mais uma de amor.

Faz tanto tempo que não te escrevo, nem sei mais se deferia. Bom, mas aqui estou eu, com a primeir folha que encontrei, escrevendo uma carta que provavelmente você nunca irá ler. O assunto dela, é uma dorzinha lá no fundo do coração. O nome dela é saudade.
Hoje, eu o vi, o vi de longe, entre as lonas de um galpão. Você estava de preto, tão lindo, que minha vontade era sair correndo e te abraçar, mas provavelmente você irir rir de mim e se afastar como se eu fosse algo repugnante.
Nunca fui muito de expressar sentimentos, mas têm certos momentos que simplesmente preciso desabafar, chorar, coisas que você considera infantil. Já você, foi sempre forte, inabalável, mas eu já o vi chorar, uma única vez. Isso não faz de você mais fraco, isso faz de você humano.
Espero que esta carta seja a última, de todas que escrevi, que você fique apenas em meu coração e que essa saudade vire amor, não amor de querer estar constantemente perto, mas amor de amigo. É esse o amor que espero sentir por você se algum dia vier a escrever outra carta.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O melhor lugar.

É quase impossível encontrar um lugar que seja sempre bom de estar, um lugar que faça com que queiramos voltar sempre que possível.
Procuro sempre os locais onde não há muito movimento, para poder desvendar melhor o mundo das palavras e escrever.
Procuro lugares cheio de árvores, onde o ar e a vida acabam se tornado mais puros.
Procuro lugares que mostrem o contraste do melhor e do pior, para que sempre me lembre de que existem pessoas necessitando de ajuda.
Procuro lugares tristes, para me lembrar dos momentos alegres.
Procuro lugares simples, porque é ali que se encontram as melhores pessoas.
Procuro lugares onde posso me deitar, olhar o céu azul e me lembrar das pessoas que se foram.
Procuro lugares em preto e branco, para que a minha felicidade de viver, consiga deixar tudo colorido.
Emfim, procuro mesmo todos esses lugares, por serem simples e me lembrarem você.

Melhor presente.

Conheci uma menina muito tímida e quieta. Ela tinha os cabelos longos, sobrancelhas finas, olhos grande e usava óculos redondos. Estudamos juntas durante todo o ensino médio, e sempre a via com um livro nas mãos. Ela não conversava muito com ninguém, mas sempre respondiam quando a chamavam.
Um dia ela chegou à escola com um livro novo; grande, marrom, com a capa bem gasta. Ainda não tinha visto aquele livro antes, intrigada fui perguntar a ela:
-Oi, qual o nome desse livro?
-Oi, o nome é Bíblia.
-Bíblia? Mas qual é o assunto?
-A história de um homem, humilde e sábio que entregou sua vida por nós.
-Que interessante. Obrigada.
Depois dessa conversa, a história desse livro não saiu mais da minha cabeça. Não era muito de leitura, mas queria ler aquele livro.
Alguns anos depois que sai da escola, recebi um embrulho em minha nova casa. Quando abri, fiquei surpresa por ver um velho livro marrom com um bilhete em cima, onde estava escrito: "A história de um homem humilde e sábio". Lágrimas começaram a cair, me sentei no chão da varanda onde já estava e comecei a ler.
Um ano se passou desde que comecei a ler a Biblia. Ainda não terminei, mas talvez um dia consiga. Apenas sei que a partir do momento que li a primeira página, minha vida havia mudado, para melhor. Hoje sou grata, a minha amiga de muitos anos por ter me presenteado com o livro mais simples e lindo da minha vida.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Só para você.

Depois de várias decepções que temos na vida, quando chega a felicidade temos medo de que seja tão passageira como todos os outros momentos. De começo, achei que tudo não passasse de uma paixão rápida, mas com o tempo descobri o quão importante você se tornou para mim.
É tão difícil encontrar alguém que tenha os mesmos gostos que eu, que tenha a mesma timidez, que fale coisas sem fundamento só para ver o sorriso no outro, que ligue todos os dias para combater a saudade, que seja paciente, calmo, que quando alguém assim entra em nossa vida, o conto de fadas começa a acontecer.
Não há nada melhor do que encontrar alguém assim; surpreendentemente encantador. Não como eu sempre quis, mas melhor do que eu achei que deveria ser.
Esse texto foi só para você, e a partir de agora, todos serão, só para você.

Uma chance.

Você era apenas meu amigo, mas confesso que de uns tempos pra cá, tenho sentido aqueles friozinhos na barriga quando te vejo. Sei que não deveria admitir, mas acho que estou gostando de você. O único problema é que sei que você nem de longe sente o mesmo por mim. Está sendo difícil ficar no mesmo ambiente que você.
Ontem mesmo, o vi ao telefone com uma amiga de longe, meu coração ficou apertado e meus olhos vermelhos, mas me recusei a admitir que estava com sintomas de amor. Não podia ser, você era meu melhor amigo.
E se eu não conseguisse mais ficar perto de você? E se eu te contasse o que estou sentido e você se afastasse? Os "e se" rondavam meus pensamentos. Não sabia o que fazer. Eu não tinha o direito de te contar, você teria que descobrir sozinho. Mas e se não descobrisse?
Decidi deixar tudo como estava. Descartei a possibilidade de dizer que estou te amando, e com isso descartei também a chance de ser feliz.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Felicidade.

Toda manhã passava pelo mesmo caminho e encontrava sempre um casal que ficava sentados em um banquinho em frente a casa que moravam. Dizia bom dia, e eles sempre respondiam. O que acontecia toda manhã, acabou se tornando uma rotina, passar ali e falar com o casal.
Um tempo depois, passei em frente a casa, mas o casal não estava ali. A princípio achei normal, porém mais dias foram se passando e eu não os via mais. Procurei saber o que tinha acontecido com eles, a vizinha da frente me disse que haviam se mudado para um asilo na rua de cima, porque os filhos não tinham mais tempo de cuidar deles.
Fui então até o asilo indicado, e os vi, sentados juntos em duas cadeiras postas em baixo de uma árvoe, nos fundos do quintal. Fiquei um pouco preocupada e fui em direção a eles. Comecei a conversar sem parecer intrometida, já que era apenas uma conhecida de todas as manhãs. Resolvi fazer uma última pergunta:
-Vocês estão felizes aqui?
Surpreendentemente a senhora disse:
-Sim minha querida, onde estiver se meu marido estiver comigo, estarei bem.
Me senti constrangida ali, por estar interrompendo o que poderia ser um momento romântico. Me despedi deles e fui embora. Voltei a minha vida normal, e os visitava sempre que podia.
Certa vez fui fazer a visita da semana e não os encontrei, perguntei a enfermeira e ela me disse que o senhor havia sofrido um derrame e falecido. Na mesma hora fui a procura da senhora, tentando confortá-la. A encontrei sentada no banquinho em baixo da árvore.
Antes que pudesse tentar ajudar, a senhora olhou para mim e disse:
-Agora posso dizer que não sou feliz.

Uma garota tímida.

Quando estava chegando na escola depois do verão, senti novamente minhas bochechas corarem e a timidez voltando. Não era por nenhum amor, eu era assim, tímida com todo mundo. Não conseguia encontrar um grupo de amigos em que eu pudesse fazer parte. Havia os de skate, as líderes de torcida, os inteligentes e os populares. Não tinha qualidade para estar em nenhum dos grupos, por isso preferia ficar sozinha. Muitas vezes fui motivo de brincadeiras entre os meus colegas, mas nunca me deixei abalar.
Era apaixonada por um menino do grupo dos inteligentes. Ele tinhas os olhos claros e o cabelo loiro, era incrivelmenmte bonito. E eu era apenas uma garota com medo e tímida, que jamais existiria para ele. Então logo que percebi que o que eu sentia era amor, descartei a possibilidade de ficar perto dele. Mas ultimamente estava recebendo alguns bilhetes estranhos, sobre um menino que dizia estar apaixonado por mim.
Resolvi esquecer essa história e voltar a minha vida monótona de sempre. Os bilhetes cessaram um pouco, mas ainda vinham com uma certa frequência. Um deles estava me convidando para o baile de fim de ano que aconteceria no próximo mês. Não respondi nenhum bilhete, até porque não sabia de quem era, mas o convite me intrigou.
Decidi ir ao baile, talvez pudesse estar enganada, poderia ser apenas uma brincadeira, mas tinha que arriscar. Coloquei um vestido preto com renda, prendi o cabelo em um coque com alguns fios soltos, e fui. Chegando ao baile, o esperei no local indicado no bilhete; o centro do salão, esperei alguns minutos, até que percebi que estava enganada, decidi ir embora.
Já estava saindo, quando senti alguém me puxando pelo braço. Virei-me para verificar quem era, e deparei com a pessoa que eu esperava que um dia olhasse para mim. Era ele, o meu amor. Naquele instante ele abraçou minha cintura e eu envolvi meus braços em seu pescoço e dançamos a mais bela música. 

Aos olhos.

Aos olhos dela: Ele era bonito, elegante, possuía muitas qualidades. Gostava de cantar, tinha um coração do tamanho do mundo. Sabia reconhecer os erros e sabia retribuir quem o tratava bem. Era calmo brincalhão, educado e até ingênuo as vezes.
Aos olhos do resto do mundo: Ele era baixo, falava muitas girias, muitas vezes era até arrogante. Fazia brincadeiras sem graça e tinha o título de "sabe tudo".
Ela o enxergava assim, porque era o que ela mais queria encontrar em uma amor. E naquele momento ele era o amor dela. E também havia a ingenuidade que ela tinha de acreditar, que todo mundo é inocente e acredita no amor.
Aos olhos de alguma pessoas ela pode ser careta, mas aos de outros ela é sonhadora. E é isso que falta ao mundo: pessoas que acreditam que o amor é invencível e estará sempre em primeiro lugar.

A melhor amizade.

O que eu mais queria era voltar no tempo e ter a mesma vida de antes. Uma vida onde tinha as duas melhores amigas, onde as histórias só tinham finais felizes e o amor era para todo sempre. Hoje, muito tempo depois disso tudo, só me restou lembranças.
Quando conheci duas amigas, ambas altas, com cabelos lisos e inteligentes, eram engraçadas e me acolheram em suas vidas. Éramos as três mosqueteiras, imbatíveis, lutávamos pela nota máxima na prova de matemática, para chegar em casa a tempo de assistir malhação, para alugar filmes de príncipes que eram lançamento. Era esses os princípios das três amigas. Nessa mesma época as três sofreram de paixonite aguda por três meninos que já conheciam a tempo, mas o amor não durou mais do que uma semana.
Anos depois, as três amigas vivem histórias diferentes, mas ainda se consideram as melhores amigas, saem, assistem filmes de amorzinho, choram pelos finais de filmes e continuam lutando para encontrar o príncipe e o final feliz.

Livros e espontânea vontade.

Era uma vez uma menina estabanada, ela era tímida e muito pequena, o que a tornava motivo de brincadeira nas aulas. Ela conheceu uma outra menina, que era alta, com os cabelos lisos e popular. Viviam em mundos diferentes, mas tinham algo em comum; o amor pelos livros. E foi exatamente isso que as uniu.
Dias, meses, foram se passando e a amizade crescendo, elas trocavam livros o tempo todo e a cada dia surgia uma novidade sobre algum título novo ou algum autor famoso. Não havia tempo para falar de roupas, cabelo, aparência dos outros. O que importava eram os livros, e isso as tornava especiais; duas amigas que só falavam de leitura.
Hoje, meses depois que se conheceram, as duas ainda continuam amigas e o assunto principal continua sendo livros, e sempre será.

sábado, 13 de outubro de 2012

Meu melhor amigo.

Conheci um homem muito bom e humilde. Eu nunca o vi pessoalmente, mas sei que Ele sempre esteve do meu lado. Toda vez que estive mergulhada em qualquer tipo de tristeza Ele me levantou e disse que no final daria tudo certo.
Alguns anos atrás, questionei se Ele realmente estava comigo, me ajudando, cheguei a pensar qua nada maria daria certo. Mas nesse mesmo dia, Ele me enviou uma mensagem, uma mensagem dita por um seminarista chamado William.
Essa mensagem trouxe a esperança de volta aos meus dias nublados. Trouxe as cores claras, para minha vida que só estava nos tons de cinza. Enxugou todas as lágrimas de dor, que caíram quando senti desesperadamente a sua falta. Me mostrou uma caminho verde e cheio de flores, com novas sensações, além de lembranças que me seguiam. Passei de tristeza, desconfiança e angústia, a fé, esperança e alegria. Me vi uma pessoa feliz, amada e com fé.
Percebi que eu mesma tinha me trancado nesse mundo sombrio, de lembranças incertas e dolorosas. Mas quando ele me deu a mão e olhou em meus olhos, senti que era a pesoa mais abençoada. Ele disse qua jamais me abandonaria e que me amava. Eu chorei por perceber que eu o tinha afastado de mim, que eu o tinha esquecido, mas Ele disse que me daria forças.
A partir desse dia, sabia que todo momento, bom ou ruim, teria a sua presença.  A presença de Jesus que me ama e nunca irá me deixar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O príncipe.

Tinha os olhos esverdeados, o cabelo preto e lindo. As sobrancelhas largas e um pouco irregulares. Usava aparelho dividido com as cores preferidas. Não era muito alto, mas tinha um charme. Gostava de biscoitos e pão de queijo. Comia descontroladamente.
Era sincero, gentil, encantador, amável, com um toque de infantilidade. Era calmo e  sabia dar conselhos como ninguém.
Gostava de bandas de rock, acabava contagiando todo mundo com as músicas. Lia livros diferentes e épicos. Tinha como cor preferida verde, ficava ainda mais bonito em camisetas vermelhas. Gostava de dançar, cantar e tocar. Tinha habilidade em tudo o que fazia.
Ajudava qualquer amigo que precisasse, colocava sorrisos em cada rosto que conhecia.
É o príncipe encantado que eu sonho em ter. Ele não é real, é um sonho. Como eu imagino que deva ser o meu príncipe.

Uma grande amiga.

Era uma vez uma menina muito alta, bonita e legal. Ela conheceu uma outra menina tímida, baixa e nem tão legal como a outra. As duas começaram uma grande amizade; feita de livros, filmes e estudo.
Mesmo com muitas provações colocadas no caminho delas, ainda são amigas e se consideram. A amizade, mesmo passando por pedras e montanhas, durou muitos anos.
Para elas, não importava roupas, sapatos, cabelos, elas eram diferentes; usavam calças coloridas e se divertiam muito com isso. O que importava era ter uma amiga, a quem pudesse contar os segredos mais bobos, rir sem saber porque, chorar juntas, fazer festa de tudo, ligar só para dizer que terminou de ler um livro, fazer companhias em dentistas, comer na cantina, fazer todos os trabalhos em dupla juntas.
Essa é a amizade mais linda de todas, pois não há tempo para assuntos mais complicados, elas ainda são crianças, que lêem, assistem filmes e estudam.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Acreditar.

Acredito no amor.
Acredito em Deus.
Acredito nas pessoas verdadeiras.
Acredito em histórias que podem mudar nossa vida.
Acredito que possa durar para sempre.
Acredito que amizades não acabam nunca.
Acredito que o bem sempre vence.
Acredito na justiça.
Acredito em contos de fadas.
Acredito na verdadeira felicidade.
Acredito que existe segunda chance.
Acredito no poder de dizer Eu te amo.
Acredito em destino.
Acredito em sonhos que se tornam realidade.
Acredito, que o simples fato de acreditar, nos leva a tornar tudo real. Por mais que nesse mundo coisas possam parecer impossíveis, quando acreditamos, elas ficam mais próximas de serem reais.

História de amor.

Eu te amei
Você me amou
Eu te esperei
Você me deixou

Eu quis voltar
E você recusou
Eu continuei a te amar
E você nem ligou

Eu chorava
E você nem se importou
Eu disse que te amava
E você me abandonou

Eu decidi te esquecer
E você decidiu lembrar de mim
Então eu te disse:
Sinto muito, é o fim.




sábado, 29 de setembro de 2012

Amor.

Naquele dia em que te conheci, na praia, sabia que não seria mais a dona do meu coração. Ele agora, pertencia a você, mas desde que você decidiu seguir um caminho diferente do meu, ele ainda não tinha voltado para o lugar, ainda estava com você. Mas já era hora de pedir ele de volta.
Eu então fui até você, você chorava como uma criança, não sabia qual era o motivo, mas de alguma forma eu o entendia. E em vez de cobrar meu coração de volta, você me entregou o seu, que naquele momento estava cheio de dor e angústia. Eu o recebi, e fiz tudo o que você não havia feito com o meu; Curei as cicatrizes, enchi de carinho e amor, ouvi, quando tinha algo a falar.
Passei a tarde te dando conselhos, senti que aquele último momento era tudo o que eu teria de você. Quando fui embora chorei desesperadamente, mas decidi que seria a última vez. Terminei nossa história, recolhendo o que sobrou do meu coração; cacos. E tentando colar parte por parte, quando terminei, sabia que ele sempre estaria cheio de buracos, que por mais doído que fosse ganhar essas marcas, eram a única lembrança que eu tinha de você. Lembranças da pessoa que você havia sido, aquela por quem eu tinha me apaixonado. Hoje elas não me trazem dor alguma, e sim, felicidade por ter amado alguém como você.

Uma menina.

Era uma vez uma menina, muito bonita e legal.  Um dia ela ficou amiga de outra menina, que não era tão bonita e legal assim. A outra menina passou a considerar a menina sua melhor amiga.
Um dia, uma bruxa má, chamada caminhos opostos as separou, mas mesmo ausente elas ainda se consideram. Mesmo distante, não podendo estar juntas nos momentos mais felizes da vida, a outra menina estará sempre aqui, quando o chão estiver solto e o coração mole.
Não importa quantas lágrimas e quantas dores. Passa. Sempre passa.
Passa porque nem tudo é para sempre, talvez nem mesmo o amor. A amizade se for para ser, permanece. E a outra menina não quer ver essa menina ai triste e caída. Essa menina ai dentro, é linda, forte e inteligente. Não merece sofrer por laranja podre. Merece uma maçã no topo da árvore.

Escrito por: Amanda Castilho.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Histórias.

Uma boa história, não é aquela que tem final feliz, e sim aquela em que todo o enredo, prende nossa atenção, que a cada detalhe nos faz suspirar, chorar, enlouquecidamente.
Uma boa história,  é a que nos anima, que nos fortalece.
Uma boa história, é aquela que por mais rápido que você leia, no final vai se perguntar: acabou?
Uma boa história, é aquela que fala de amizade, amor, contos de fadas.
Uma boa história, é aquela que fala de Deus.
Uma boa história, é aquela que faz você mudar o seu dia.
Uma boa história, é aquela que você lê mais de dez vezes, e não se cansa.
Uma boa história, está em livros, revistas, e em nossas vidas.
Uma boa história, é a nossa vida, que independentemente do final, será sempre a melhor de todas.

Um bom livro.

Naquela madrugada, custei a acordar, mas sabia que teria. Me arrumei, peguei um livro para ler na viagem, e as quatro da manhã partimos. Meu padrasto e eu estávamos indo passar o dia em Aparecida do Norte. A viagem foi longa e cansativa, e quando chegamos corri para a barraquinha de lanches.
Depois de ir a igreja, fomos andar pelo shopping, e como sempre, a única loja que me interessou foi a de livros. Entrei e fiquei fascinada com a variedade e quantidade. Tudo bem que a maioria era religioso, mas eu não me importava; amava ler.
Depois de muito andar e sem encontrar o livro que procurava, peguei um que me interessou e fui embora. Não comprei mais nada o dia inteiro. Mesmo sabendo que o livro não era o que eu queria, gostei do que escolhi. Sem desistir, liguei para minha mãe, pedindo que ela tentasse achar o livro na minha cidade mesmo. Ela disse que tentaria.
O resto do dia foi tranquilo, passeamos e as cinco da tarde voltamos. Quando cheguei em casa, minha perguntou como foi a viagem, e eu disse que tinha corrido tudo bem. Resolvi ir para o meu quarto e lá estava o livro que tanto procurei, em cima da minha cama. Fazendo Meu Filme.
Naquele momento nada mais importava, sentei, abri e comecei a viver a história da Fani e Léo. No dia seguinte, de manhã, fechei o livro, e as lágrimas começaram a cair. Só de pensar que a Fani ia passar um ano longe do Léo, uma tristeza me invadia.
Sem mais demora, corri a uma livraria e comprei a continuação desse maravilhoso conto de fadas. E dei cinco estrelinhas.

sábado, 15 de setembro de 2012

Uma música.

Sentei no chão, em frente a televisão, para tentar me distrair um pouco. Quando em um programa, começou a tocar uma música que meses atrás você tocou em seu violão para mim.
Não consegui me controlar, chorei como nunca havia chorado antes, e então aquele dia me veio a cabeça, e comecei a me lembrar.
Você estava sentado em sua cama, e eu estava um pouco distante para deixar espaço ao violão. E então voce começou olhando em meus olhos a cantar. Não esqueço até hoje que quase chorei. Ver você tocando para mim foi maravilhoso.
Quando acabou, você olhou em meus olhos e disse: Eu te amo. Corei por um momento até que consegui responder: Também.
Você colocou o violão de lado, se aproximou e nosso lábios se encontraram, havia carinho, ternura, amor entre nós. Interrompi o beijo e pedi que tocasse novamente, você relutou de começo, mas acabou cedendo.
Sabia que só era uma lembrança, mas mesmo assim torná-la real, me fez relembrar os detalhes daquele dia, já que tinha começado a me esquecer.
Relutei em abrir os olhos, e percebi que o programa já havia acabado, e eu estava só, no escuro. Levantei, fui até o quarto, deitei e adormeci, na esperança de te encontrar em mais um sonho, que mesmo sendo sonho, não deixa de ser menos real para mim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Querido Tyler,

quando te conheci, não imaginava que me apaixonaria por aquele homem, que na minha opinião, se fazia de cavalheiro para me impressionar. Mas foi exatamente esse cavalheirismo que me fez olhar para você, de uma forma diferente.
Aquela noite em que andamos pela praia e conversamos, comecei a conhecer quem voce realmente era. Me respeitava de uma maneira, que nunca ninguem o fez. Foi naquela noite, que percebi que sua maneira de ser diferente e até brincalhão, me fez te querer cada dia mais. E até hoje é o que me faz te amar mais.
Sempre pensei em como seria estar sentada ao seu lado, em uma varanda qualquer. Nós dois de cabelos grisalhos, com nossos netos em volta. E hoje com esse pensamento realizado e escrevendo essa carta, sei que nada mais me proporciona tamanha felicidade, quanto esse momento.
Quero passar cada último minuto da minha vida ao seu lado. Foi você desde aquela noite na praia e será você até que meu coração pare de bater.
Eu te amo.
Para sempre sua,
                            Anne.

A Princesa e o Sapo.

Era uma vez, em um reino mais ou menos encantado, onde uma princesa estava comendo um sanduiche. Ela era jovem, tinha os cabelos claros e olhos azuis.
No dia seguinte quando estava assistindo Barbie e o Castelo de Diamantes, escutou seus amigos gritando em baixo de sua janela:
-Chapeuzinho! Chapeuzinho! Vamos brincar!
Antes mesmo de eles terminarem de gritar, chapeuzinho já estava saindo de casa. Quando passavam por um lago, viram uma casa, onde da chaminé saia um cheiro de comida delicioso.
Chapeuzinho e seus amigos foram correndo, entraram na casa, comeram a sopa e sairam depressa. Quando estavam jogando peteca em frente um lago, escutaram um sapo chamar seu nome:
-Chapeuzinho! Chapeuzinho! Olhe para mim!
Ela achou que estava ficando maluca, mas quando olhou entre as folhas conseguiu enxergar um sapo. Ela então perguntou:
-Quem é você?
-Eu sou um príncipe, mas uma bruxa má jogou um feitiço que me fez ficar assim.
-Que horrível!
-Sim.
-Mas não tem jeito de voltar ao normal?
-Tem. Mas é só com o beijo de meu amor verdadeiro.
-Vou tentar te ajudar.
Chapeuzinho saiu pensativa, andou pela floresta e devagarzinho passou por alguns anõezinhos que estavam em volta de uma moça. Era a Branca de Neve.
Chapeuzinho, logo teve uma ideia. Se levasse a Branca de Neve até o sapo e ele a beijasse ela acordaria e ele voltaria a ser príncipe. Esperou anoitecer, e quando os anõezinhos ja estavam dormindo, Chapeuzinho, começou a arrastá-la até o lago.
Quando finalmente chegou, o sapo a beijou e ela acordou de seu profundo sono, um pouco confusa, mas já sabendo o que tinha ocorrido, Branca de Neve retribuiu o beijo e o sapo se transformou em um príncipe maravilhoso.
Chapeuzinho, no dia seguinte, começou a preparar o casamento. Quando a cerimônia acabou, foi até a Branca de Neve e ela lhe disse:
-Você foi minha fada madrinha. Obrigada.
Sem mais demora, os dois partiram para o reino mais ou menos encantado e viveram felizes para sempre.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um conto.

Cheguei em casa exausta, como sempre. O dia na escola foi difícil, e me senti a pessoa mais invisível. Subi para o meu quarto, deitei, e sem ter que esperar, adormeci.
Estava em frente ao computador, teclando, quando ele me enviou uma mensagem:
-Olá, garota misteriosa.
-Olá.
-Faz tempo que não conversamos. Sentiu minha falta?
-Diga você.
-Como não sentir sua falta?! Se ao menos soubesse quem você é.
-Você sabe. Só acho que não sou "visível" o bastante.
-Como pode não ser?
-Me explica você.
-Quando vamos nos ver?
Mas antes que eu podesse responder, meu despertador tocou. Era hora de voltar a realidade, onde eu estava atrasada para o meu trabalho, de garçonete.
Meu príncipe encantado terá que esperar um pouco. Não muito. Apenas até o meu próximo sonho.

"Quando Sam, chegou em casa depois de trabalhar, olhou sua caixa de e-mail e respondeu a mensagem: "Em breve."
Não é porque essa história parece um conto de fadas que não pode ser real. Se quer saber, no fim, os dois se conheceram e como todo conto de fadas termina com final feliz, com esse não seria diferente."

A mais bela forma do amor.

Estava a caminho do trabalho, quando notei um casal de velhinhos que estava de mãos dadas.
Ele a olhava com ternura e carinho, e ela retribuia da mesma forma.
"Como uma amor pode durar tanto tempo?" Pensei. Mas já sabia a resposta.
Fiquei então, os observando por algum tempo. Eles riam como um casal de jovens. Mas quando me dei conta, estava atrasada para o trabalho. Olhei para eles mais uma vez, sorri e continuei meu percurso.
Quando entrei no ônibus, continuei a pensar no casal. "Eles se amavam da mesma forma há anos, porque um completava o defeito do outro. O que um tinha como defeito o outro tinha como qualidade."
Depois de sair do trabalho, lembro que fui experimentar meu vestido de casamento, que iria acontecer dali a quatro meses. Quando contei essa história ao meu marido, anos depois, ele me disse que nós dois éramos como esse casal.
Hoje, 49 anos depois, ele e eu fomos ao parque, caminhar, como fazíamos toda manhã e notei uma moça, bem longe, que nos observava com um sorriso no rosto. Foi então que percebi,  que essa moça era como eu fui um dia.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Perdão.

Aquele dia foi o pior. As lembranças vieram tão rápida e profundamente, que não tive tempo de me preparar.
 O choro consumiu o meu dia, mas eu sabia que seria bom. Minha mãe dizia que quando a gente chora, tudo de ruim que vivemos sai de nós.
Depois que consegui recuperar as minhas forças, vi que a lembrança de você  me dizendo adeus, de minha irmã e eu esperando você na rodoviária, e lá no fundo sabendo que não viria, que estava em outro lugar, de passar anos sem receber uma ligação sua; essas lembranças se foram e então eu percebi, que mesmo depois de tudo o que aconteceu, pai, eu o perdoo e digo sem medo: Eu te amo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um lembrança.

"O primeiro amor a gente nunca esquece".
Quantas vezes ouvi isso.
No começo não acreditava muito que isso fosse verdade, mas depois de um tempo tive a certeza.
Lembro-me perfeitamente daquela tarde de agosto, em que sentamos em um banco na praça, embaixo de uma árvore. Você disse que me amava, e mesmo tendo ouvido essas palavras tantas vezes de sua boca, em todas elas havia sinceridade. Você tirou do bolso de seu casaco um bombom. Esse costume nunca vou esquecer.
Passamos a tarde inteira rindo juntos e depois você me levou até em casa, me beijou, foi sereno e doce, e naquele instante não me sentia mais feliz. Eu pensava que não haveria maior felicidade do que essa. E não havia mesmo.
Passamos os melhores seis meses juntos, quase todos os dias nos encontrávamos e você sempre com um bombom.
Nosso namoro não foi comum, eu o via como um amigo, uma parte de mim, que não importando os caminhos que iríamos seguir, eu estaria com você. De uma coisa eu estava certa: os caminhos foram diferentes, mas sei que algum dia irei revê-lo, e teremos uma conversa sobre tudo que ja vivemos, recordando cada momento juntos. E espero que ainda seja o mesmo homem por quem me apaixonei.


"O meu pai me contava que a primeira vez que a pessoa se apaixona muda a vida dela para sempre, e por mais que se tente, o sentimento nunca desaparece".

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um sonho.

Amava o jeito como me olhava.
Amava ouvir sua voz logo de manhã.
Amava o jeito como sorria pra mim.
Amava os seus braços em torno da minha cintura.
Amava quando me beijava de surpresa.
Amava quando me dizia "eu te amo" tantas vezes, que se deixasse de falar uma vez, eu estranharia.
Amava quando você ia me ver na escola.
Amava quando me fazia carinho, até eu dormir.
Amava quando fazia brincadeiras pra eu rir.
Amava quando me ajudava a estudar.
Amava todos os seus quatro sorrisos.
Amava assistir filme com você.
Amava quando acordava com uma mensagem sua.
Emfim.. eu o amava.
Até que um dia acordei, e percebi que era apenas um sonho. Um sonho onde eu podia tornar tudo realidade. E tornei: você também me amava.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma família feliz.

Era um dia ensolarado, crianças corriam pelo parque, mães e pais observavam seus filhos brincando. Entre eles havia uma família feliz: uma mãe que observava suas duas filhas brincando, com um olhar carinhoso, e uma pai que demonstrava insegurança ao ver suas filhas descendo de um escorregador.
No meio de tantas pessoas, aquela família parecia ser extremamente normal e feliz. Mas não era.
Lembro que esse pai bebia muito, a ponto de passar à noite em bares e voltar para casa quando o sol já brilhava no céu. A mãe trabalhava exaustivamente para dar as filhas o maior conforto do mundo, e conseguia.
Com o tempo, o pai já não ajudava mais em casa e a mãe não tinha outra saída a não ser se separar. Foi uma decisão difícil e inesperada, que por muito tempo fez a familia sofrer.
Mas apesar de ter que sustentar as duas filhas sozinha, a mãe nunca reclamou e tinha uma fé inabalável.
O tempo passou, as filhas já conseguiam distinguir o certo do errado, parecia que a felicidade estava voltando para essa familia. E foi assim que tudo começou a melhorar.
Hoje, a mãe sente que apesar de tudo que viveu, cumpriu seu papel, de mãe e pai. E as filhas estão em um caminho feliz, mas sempre onde a mãe possa enxergá-las.
Nada que essa família viveu foi por acaso. Jesus trouxe de volta, há uma família que merecia depois de tanto tempo, uma chance de ser feliz.

Finais felizes.

Por que os contos de fada terminam com finais felizes? Acho que para mostrar ao público que finais felizes também podem acontecer no nosso mundo.
Muita gente ainda sonha com o príncipe encantado, ou com o dia em que a fada madrinha realizará os desejos mais profundos.
E por que nao tornar tudo real? Por que tentar esquecer os finais felizes? A chance de tudo isso ser real é a mesma de não ser.
Mas atenção! O príncipe encantado pode ser um amigo próximo, ou alguém que a admira em segredo. E a fada madrinha? Bom, essa depende de quantas amigas você tiver.

A alguém.

Estávamos indo para à escola, até então parecia um dia normal, como qualquer outro. Mas o que eu não sabia, era que a partir daquele dia tudo iria mudar.
De repente chega o intervalo, aquele amontoado de pessoa correndo de um lado para o outro, quando uma "rodinha" de amigos se forma, e entre ela havia um novo menino. Tinha os olhos em um tom de verde penetrante.
A princípio não chegamos a conversar, mas percebi que todos os dias a mesma "rodinha" de amigos se formava, e junto dela estava ele: O menino por quem me apaixonei.
Ainda não havíamos conversado direito, mas ele tinha um humor tão contagiante, que era quase impossível não notar sua presença e tentar ficar mais perto. O tempo foi passando, e com ele um sentimento que eu relutava para não admitir que existia, estava crescendo. Não sabia se ele sentia o mesmo que eu, mas estava disposta a me aproximar.
Foi quando percebi que nós dois estávamos sentindo a mesma coisa. Meu coração disparou quando conversamos pela primeira vez: era apenas um pedido de bolacha, que fez toda a diferença. Começamos a conversar e eu já não tinha mais forças para esquecer esse sentimento. Eu o amava. Não havia como evitar.
Ele era extremamente romântico: me trazia chocolate, cartas. Mas não eram os presentes que me encantavam, e sim a intenção que ele tinha ao me entregar: um carinho imenso, que eu não merecia. Minhas bochechas coravam ao perceber que ele sempre observava minha reação.
Ele parecia tão seguro em relação aos seus sentimentos que tinha medo de desapontá-lo por não estar correspondendo da mesma forma. Eu era tímida demais e quando tentava conversar me sentia boba. Mas para minha surpresa, ele demonstrava o contrário, como se tudo o que eu falasse fosse de extrema importância.
Hoje, quando recordo esses momentos, percebo que os presente eram concretos, podiam acabar um dia. O que não podia acabar era o carinho, a amizade, a confiança, o amor que sentíamos um pelo outro. E nao acabou.
Permanece até hoje.