sábado, 29 de setembro de 2012

Amor.

Naquele dia em que te conheci, na praia, sabia que não seria mais a dona do meu coração. Ele agora, pertencia a você, mas desde que você decidiu seguir um caminho diferente do meu, ele ainda não tinha voltado para o lugar, ainda estava com você. Mas já era hora de pedir ele de volta.
Eu então fui até você, você chorava como uma criança, não sabia qual era o motivo, mas de alguma forma eu o entendia. E em vez de cobrar meu coração de volta, você me entregou o seu, que naquele momento estava cheio de dor e angústia. Eu o recebi, e fiz tudo o que você não havia feito com o meu; Curei as cicatrizes, enchi de carinho e amor, ouvi, quando tinha algo a falar.
Passei a tarde te dando conselhos, senti que aquele último momento era tudo o que eu teria de você. Quando fui embora chorei desesperadamente, mas decidi que seria a última vez. Terminei nossa história, recolhendo o que sobrou do meu coração; cacos. E tentando colar parte por parte, quando terminei, sabia que ele sempre estaria cheio de buracos, que por mais doído que fosse ganhar essas marcas, eram a única lembrança que eu tinha de você. Lembranças da pessoa que você havia sido, aquela por quem eu tinha me apaixonado. Hoje elas não me trazem dor alguma, e sim, felicidade por ter amado alguém como você.

Uma menina.

Era uma vez uma menina, muito bonita e legal.  Um dia ela ficou amiga de outra menina, que não era tão bonita e legal assim. A outra menina passou a considerar a menina sua melhor amiga.
Um dia, uma bruxa má, chamada caminhos opostos as separou, mas mesmo ausente elas ainda se consideram. Mesmo distante, não podendo estar juntas nos momentos mais felizes da vida, a outra menina estará sempre aqui, quando o chão estiver solto e o coração mole.
Não importa quantas lágrimas e quantas dores. Passa. Sempre passa.
Passa porque nem tudo é para sempre, talvez nem mesmo o amor. A amizade se for para ser, permanece. E a outra menina não quer ver essa menina ai triste e caída. Essa menina ai dentro, é linda, forte e inteligente. Não merece sofrer por laranja podre. Merece uma maçã no topo da árvore.

Escrito por: Amanda Castilho.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Histórias.

Uma boa história, não é aquela que tem final feliz, e sim aquela em que todo o enredo, prende nossa atenção, que a cada detalhe nos faz suspirar, chorar, enlouquecidamente.
Uma boa história,  é a que nos anima, que nos fortalece.
Uma boa história, é aquela que por mais rápido que você leia, no final vai se perguntar: acabou?
Uma boa história, é aquela que fala de amizade, amor, contos de fadas.
Uma boa história, é aquela que fala de Deus.
Uma boa história, é aquela que faz você mudar o seu dia.
Uma boa história, é aquela que você lê mais de dez vezes, e não se cansa.
Uma boa história, está em livros, revistas, e em nossas vidas.
Uma boa história, é a nossa vida, que independentemente do final, será sempre a melhor de todas.

Um bom livro.

Naquela madrugada, custei a acordar, mas sabia que teria. Me arrumei, peguei um livro para ler na viagem, e as quatro da manhã partimos. Meu padrasto e eu estávamos indo passar o dia em Aparecida do Norte. A viagem foi longa e cansativa, e quando chegamos corri para a barraquinha de lanches.
Depois de ir a igreja, fomos andar pelo shopping, e como sempre, a única loja que me interessou foi a de livros. Entrei e fiquei fascinada com a variedade e quantidade. Tudo bem que a maioria era religioso, mas eu não me importava; amava ler.
Depois de muito andar e sem encontrar o livro que procurava, peguei um que me interessou e fui embora. Não comprei mais nada o dia inteiro. Mesmo sabendo que o livro não era o que eu queria, gostei do que escolhi. Sem desistir, liguei para minha mãe, pedindo que ela tentasse achar o livro na minha cidade mesmo. Ela disse que tentaria.
O resto do dia foi tranquilo, passeamos e as cinco da tarde voltamos. Quando cheguei em casa, minha perguntou como foi a viagem, e eu disse que tinha corrido tudo bem. Resolvi ir para o meu quarto e lá estava o livro que tanto procurei, em cima da minha cama. Fazendo Meu Filme.
Naquele momento nada mais importava, sentei, abri e comecei a viver a história da Fani e Léo. No dia seguinte, de manhã, fechei o livro, e as lágrimas começaram a cair. Só de pensar que a Fani ia passar um ano longe do Léo, uma tristeza me invadia.
Sem mais demora, corri a uma livraria e comprei a continuação desse maravilhoso conto de fadas. E dei cinco estrelinhas.

sábado, 15 de setembro de 2012

Uma música.

Sentei no chão, em frente a televisão, para tentar me distrair um pouco. Quando em um programa, começou a tocar uma música que meses atrás você tocou em seu violão para mim.
Não consegui me controlar, chorei como nunca havia chorado antes, e então aquele dia me veio a cabeça, e comecei a me lembrar.
Você estava sentado em sua cama, e eu estava um pouco distante para deixar espaço ao violão. E então voce começou olhando em meus olhos a cantar. Não esqueço até hoje que quase chorei. Ver você tocando para mim foi maravilhoso.
Quando acabou, você olhou em meus olhos e disse: Eu te amo. Corei por um momento até que consegui responder: Também.
Você colocou o violão de lado, se aproximou e nosso lábios se encontraram, havia carinho, ternura, amor entre nós. Interrompi o beijo e pedi que tocasse novamente, você relutou de começo, mas acabou cedendo.
Sabia que só era uma lembrança, mas mesmo assim torná-la real, me fez relembrar os detalhes daquele dia, já que tinha começado a me esquecer.
Relutei em abrir os olhos, e percebi que o programa já havia acabado, e eu estava só, no escuro. Levantei, fui até o quarto, deitei e adormeci, na esperança de te encontrar em mais um sonho, que mesmo sendo sonho, não deixa de ser menos real para mim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Querido Tyler,

quando te conheci, não imaginava que me apaixonaria por aquele homem, que na minha opinião, se fazia de cavalheiro para me impressionar. Mas foi exatamente esse cavalheirismo que me fez olhar para você, de uma forma diferente.
Aquela noite em que andamos pela praia e conversamos, comecei a conhecer quem voce realmente era. Me respeitava de uma maneira, que nunca ninguem o fez. Foi naquela noite, que percebi que sua maneira de ser diferente e até brincalhão, me fez te querer cada dia mais. E até hoje é o que me faz te amar mais.
Sempre pensei em como seria estar sentada ao seu lado, em uma varanda qualquer. Nós dois de cabelos grisalhos, com nossos netos em volta. E hoje com esse pensamento realizado e escrevendo essa carta, sei que nada mais me proporciona tamanha felicidade, quanto esse momento.
Quero passar cada último minuto da minha vida ao seu lado. Foi você desde aquela noite na praia e será você até que meu coração pare de bater.
Eu te amo.
Para sempre sua,
                            Anne.

A Princesa e o Sapo.

Era uma vez, em um reino mais ou menos encantado, onde uma princesa estava comendo um sanduiche. Ela era jovem, tinha os cabelos claros e olhos azuis.
No dia seguinte quando estava assistindo Barbie e o Castelo de Diamantes, escutou seus amigos gritando em baixo de sua janela:
-Chapeuzinho! Chapeuzinho! Vamos brincar!
Antes mesmo de eles terminarem de gritar, chapeuzinho já estava saindo de casa. Quando passavam por um lago, viram uma casa, onde da chaminé saia um cheiro de comida delicioso.
Chapeuzinho e seus amigos foram correndo, entraram na casa, comeram a sopa e sairam depressa. Quando estavam jogando peteca em frente um lago, escutaram um sapo chamar seu nome:
-Chapeuzinho! Chapeuzinho! Olhe para mim!
Ela achou que estava ficando maluca, mas quando olhou entre as folhas conseguiu enxergar um sapo. Ela então perguntou:
-Quem é você?
-Eu sou um príncipe, mas uma bruxa má jogou um feitiço que me fez ficar assim.
-Que horrível!
-Sim.
-Mas não tem jeito de voltar ao normal?
-Tem. Mas é só com o beijo de meu amor verdadeiro.
-Vou tentar te ajudar.
Chapeuzinho saiu pensativa, andou pela floresta e devagarzinho passou por alguns anõezinhos que estavam em volta de uma moça. Era a Branca de Neve.
Chapeuzinho, logo teve uma ideia. Se levasse a Branca de Neve até o sapo e ele a beijasse ela acordaria e ele voltaria a ser príncipe. Esperou anoitecer, e quando os anõezinhos ja estavam dormindo, Chapeuzinho, começou a arrastá-la até o lago.
Quando finalmente chegou, o sapo a beijou e ela acordou de seu profundo sono, um pouco confusa, mas já sabendo o que tinha ocorrido, Branca de Neve retribuiu o beijo e o sapo se transformou em um príncipe maravilhoso.
Chapeuzinho, no dia seguinte, começou a preparar o casamento. Quando a cerimônia acabou, foi até a Branca de Neve e ela lhe disse:
-Você foi minha fada madrinha. Obrigada.
Sem mais demora, os dois partiram para o reino mais ou menos encantado e viveram felizes para sempre.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um conto.

Cheguei em casa exausta, como sempre. O dia na escola foi difícil, e me senti a pessoa mais invisível. Subi para o meu quarto, deitei, e sem ter que esperar, adormeci.
Estava em frente ao computador, teclando, quando ele me enviou uma mensagem:
-Olá, garota misteriosa.
-Olá.
-Faz tempo que não conversamos. Sentiu minha falta?
-Diga você.
-Como não sentir sua falta?! Se ao menos soubesse quem você é.
-Você sabe. Só acho que não sou "visível" o bastante.
-Como pode não ser?
-Me explica você.
-Quando vamos nos ver?
Mas antes que eu podesse responder, meu despertador tocou. Era hora de voltar a realidade, onde eu estava atrasada para o meu trabalho, de garçonete.
Meu príncipe encantado terá que esperar um pouco. Não muito. Apenas até o meu próximo sonho.

"Quando Sam, chegou em casa depois de trabalhar, olhou sua caixa de e-mail e respondeu a mensagem: "Em breve."
Não é porque essa história parece um conto de fadas que não pode ser real. Se quer saber, no fim, os dois se conheceram e como todo conto de fadas termina com final feliz, com esse não seria diferente."

A mais bela forma do amor.

Estava a caminho do trabalho, quando notei um casal de velhinhos que estava de mãos dadas.
Ele a olhava com ternura e carinho, e ela retribuia da mesma forma.
"Como uma amor pode durar tanto tempo?" Pensei. Mas já sabia a resposta.
Fiquei então, os observando por algum tempo. Eles riam como um casal de jovens. Mas quando me dei conta, estava atrasada para o trabalho. Olhei para eles mais uma vez, sorri e continuei meu percurso.
Quando entrei no ônibus, continuei a pensar no casal. "Eles se amavam da mesma forma há anos, porque um completava o defeito do outro. O que um tinha como defeito o outro tinha como qualidade."
Depois de sair do trabalho, lembro que fui experimentar meu vestido de casamento, que iria acontecer dali a quatro meses. Quando contei essa história ao meu marido, anos depois, ele me disse que nós dois éramos como esse casal.
Hoje, 49 anos depois, ele e eu fomos ao parque, caminhar, como fazíamos toda manhã e notei uma moça, bem longe, que nos observava com um sorriso no rosto. Foi então que percebi,  que essa moça era como eu fui um dia.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Perdão.

Aquele dia foi o pior. As lembranças vieram tão rápida e profundamente, que não tive tempo de me preparar.
 O choro consumiu o meu dia, mas eu sabia que seria bom. Minha mãe dizia que quando a gente chora, tudo de ruim que vivemos sai de nós.
Depois que consegui recuperar as minhas forças, vi que a lembrança de você  me dizendo adeus, de minha irmã e eu esperando você na rodoviária, e lá no fundo sabendo que não viria, que estava em outro lugar, de passar anos sem receber uma ligação sua; essas lembranças se foram e então eu percebi, que mesmo depois de tudo o que aconteceu, pai, eu o perdoo e digo sem medo: Eu te amo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um lembrança.

"O primeiro amor a gente nunca esquece".
Quantas vezes ouvi isso.
No começo não acreditava muito que isso fosse verdade, mas depois de um tempo tive a certeza.
Lembro-me perfeitamente daquela tarde de agosto, em que sentamos em um banco na praça, embaixo de uma árvore. Você disse que me amava, e mesmo tendo ouvido essas palavras tantas vezes de sua boca, em todas elas havia sinceridade. Você tirou do bolso de seu casaco um bombom. Esse costume nunca vou esquecer.
Passamos a tarde inteira rindo juntos e depois você me levou até em casa, me beijou, foi sereno e doce, e naquele instante não me sentia mais feliz. Eu pensava que não haveria maior felicidade do que essa. E não havia mesmo.
Passamos os melhores seis meses juntos, quase todos os dias nos encontrávamos e você sempre com um bombom.
Nosso namoro não foi comum, eu o via como um amigo, uma parte de mim, que não importando os caminhos que iríamos seguir, eu estaria com você. De uma coisa eu estava certa: os caminhos foram diferentes, mas sei que algum dia irei revê-lo, e teremos uma conversa sobre tudo que ja vivemos, recordando cada momento juntos. E espero que ainda seja o mesmo homem por quem me apaixonei.


"O meu pai me contava que a primeira vez que a pessoa se apaixona muda a vida dela para sempre, e por mais que se tente, o sentimento nunca desaparece".

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um sonho.

Amava o jeito como me olhava.
Amava ouvir sua voz logo de manhã.
Amava o jeito como sorria pra mim.
Amava os seus braços em torno da minha cintura.
Amava quando me beijava de surpresa.
Amava quando me dizia "eu te amo" tantas vezes, que se deixasse de falar uma vez, eu estranharia.
Amava quando você ia me ver na escola.
Amava quando me fazia carinho, até eu dormir.
Amava quando fazia brincadeiras pra eu rir.
Amava quando me ajudava a estudar.
Amava todos os seus quatro sorrisos.
Amava assistir filme com você.
Amava quando acordava com uma mensagem sua.
Emfim.. eu o amava.
Até que um dia acordei, e percebi que era apenas um sonho. Um sonho onde eu podia tornar tudo realidade. E tornei: você também me amava.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma família feliz.

Era um dia ensolarado, crianças corriam pelo parque, mães e pais observavam seus filhos brincando. Entre eles havia uma família feliz: uma mãe que observava suas duas filhas brincando, com um olhar carinhoso, e uma pai que demonstrava insegurança ao ver suas filhas descendo de um escorregador.
No meio de tantas pessoas, aquela família parecia ser extremamente normal e feliz. Mas não era.
Lembro que esse pai bebia muito, a ponto de passar à noite em bares e voltar para casa quando o sol já brilhava no céu. A mãe trabalhava exaustivamente para dar as filhas o maior conforto do mundo, e conseguia.
Com o tempo, o pai já não ajudava mais em casa e a mãe não tinha outra saída a não ser se separar. Foi uma decisão difícil e inesperada, que por muito tempo fez a familia sofrer.
Mas apesar de ter que sustentar as duas filhas sozinha, a mãe nunca reclamou e tinha uma fé inabalável.
O tempo passou, as filhas já conseguiam distinguir o certo do errado, parecia que a felicidade estava voltando para essa familia. E foi assim que tudo começou a melhorar.
Hoje, a mãe sente que apesar de tudo que viveu, cumpriu seu papel, de mãe e pai. E as filhas estão em um caminho feliz, mas sempre onde a mãe possa enxergá-las.
Nada que essa família viveu foi por acaso. Jesus trouxe de volta, há uma família que merecia depois de tanto tempo, uma chance de ser feliz.

Finais felizes.

Por que os contos de fada terminam com finais felizes? Acho que para mostrar ao público que finais felizes também podem acontecer no nosso mundo.
Muita gente ainda sonha com o príncipe encantado, ou com o dia em que a fada madrinha realizará os desejos mais profundos.
E por que nao tornar tudo real? Por que tentar esquecer os finais felizes? A chance de tudo isso ser real é a mesma de não ser.
Mas atenção! O príncipe encantado pode ser um amigo próximo, ou alguém que a admira em segredo. E a fada madrinha? Bom, essa depende de quantas amigas você tiver.

A alguém.

Estávamos indo para à escola, até então parecia um dia normal, como qualquer outro. Mas o que eu não sabia, era que a partir daquele dia tudo iria mudar.
De repente chega o intervalo, aquele amontoado de pessoa correndo de um lado para o outro, quando uma "rodinha" de amigos se forma, e entre ela havia um novo menino. Tinha os olhos em um tom de verde penetrante.
A princípio não chegamos a conversar, mas percebi que todos os dias a mesma "rodinha" de amigos se formava, e junto dela estava ele: O menino por quem me apaixonei.
Ainda não havíamos conversado direito, mas ele tinha um humor tão contagiante, que era quase impossível não notar sua presença e tentar ficar mais perto. O tempo foi passando, e com ele um sentimento que eu relutava para não admitir que existia, estava crescendo. Não sabia se ele sentia o mesmo que eu, mas estava disposta a me aproximar.
Foi quando percebi que nós dois estávamos sentindo a mesma coisa. Meu coração disparou quando conversamos pela primeira vez: era apenas um pedido de bolacha, que fez toda a diferença. Começamos a conversar e eu já não tinha mais forças para esquecer esse sentimento. Eu o amava. Não havia como evitar.
Ele era extremamente romântico: me trazia chocolate, cartas. Mas não eram os presentes que me encantavam, e sim a intenção que ele tinha ao me entregar: um carinho imenso, que eu não merecia. Minhas bochechas coravam ao perceber que ele sempre observava minha reação.
Ele parecia tão seguro em relação aos seus sentimentos que tinha medo de desapontá-lo por não estar correspondendo da mesma forma. Eu era tímida demais e quando tentava conversar me sentia boba. Mas para minha surpresa, ele demonstrava o contrário, como se tudo o que eu falasse fosse de extrema importância.
Hoje, quando recordo esses momentos, percebo que os presente eram concretos, podiam acabar um dia. O que não podia acabar era o carinho, a amizade, a confiança, o amor que sentíamos um pelo outro. E nao acabou.
Permanece até hoje.